27 de janeiro de 2015

Volume Morto



Descobriu-se que não existem sapos
Na lagoa da terra da garoa
Só lixo
E o registro
De povos antigos
Revelados pela seca

Todos os anos de enchentes
Não foram suficientes
Para impedir que o sol
Estancasse a água
Secasse as línguas
Matasse de sede...


[Anderson Lopes]

Um comentário:

  1. Belo poema, sobre uma situação tão crítica em que vivemos, que São Paulo vive...a poesia vê o caos com olhar de beleza, transforma o horrível em poema, assim é mais fácil seguir a vida e ter fé e aguardar a água divina. Que bom poeta Anderson,poder beber de tua poesia, matando minha sede com teus versos.
    ps. Carinho respeito e abraço.

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