30 de julho de 2012

Em Terra Firme Me Firmo

Diante do que se foi
Encima do que já não há
Abaixo do inalcançável
Ancoro a tristeza
E as inquietações da vida

Farto do mar e suas ondas
Farto de não ter aonde chegar

Em terra firme caminho
Embora hesitante
Não estou seguro da firmeza desta Terra
É frágil a sua estrutura
E forte são os seus destruidores

Mas não penso em voltar para o mar
E o enjoo das oscilações

Distante da tristeza
E das inquietações da vida
Em nada lembro o Marinheiro que fui
Firmo nesta Terra os meus pés
A fim de que eles criem raízes
E me deem a segurança que eu nunca tive no mar...

Anderson Lopes



16 comentários:

  1. - Homem ao mar!

    (Sem escolhas. Pois elas nem existem mesmo...)

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  2. Segurança?... Isso existe? Mesmo assim, o poema é lindíssimo.

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  3. E maravilhoso é pensar que esse mar é uma contemplação do sujeito, um idealismo mais que profundo. É o universal da distância, do mergulhar-se em si, e perder-se navegando, e diminuir-se aos olhos daqueles que já não sabem mais sonhar.

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  4. Todo Marinheiro
    quer um porto.

    Bela poesia.

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  5. Essa poesia sou eu atualmente.

    Gostei muito.

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  6. Caro Poeta Anderson, primeiro quero dizer que amo esta menina chamada Anaís, ela me deu um toque sobre um blog de poesias geniais, era o teu e eu já conhecia...Eu e Anaís temos uma sintonia rsrsrs...
    Querido Anderson, amaveis palavras deixaste em meu bloguinho, te agradeço.
    Já dizia o poeta "navegar é preciso..." e minha vida continua, não sei se piso em terra firme ou em meus devaneios e delírios no alto mar dos meus sonhos, quando estou dormindo acordado. É tão belo este poema, tão profundo quanto o mar e tão claro quanto um dia de sol...viver é uma incógnita, nunca sei se estou me afogando ou caminhando em terra firma, embora às vezes sinta areia movediça nos meus pés.
    ps. Meu carinho meu respeito meu abraço

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  7. Uma leveza em ondas escritas na areia de nossos pés...
    Maravilhosas palavras de um Homem, com H grande.

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  8. Gostei demais de teu poema. Parabéns, Anderson!

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  9. Belo poema, bela analogia... Gostei muito, Anderson.Trocar a instabilidade do mar pela estabilidade da terra firme.


    Beijos, querido e ótimo domingo.

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  10. nunca a terra é firme
    e nunca o mar é instável

    beijo

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  11. Maravilhoso o teu poema, me identifiquei bastante com algumas coisas que vivi no passado.

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  12. Já vivi isto num passado não muito distante...
    Lindo sem duvida.

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  13. VerMent, escolhas são ilusões?

    Ana Bailune,a segurança, como a felicidade, é um estado de espírito.

    Dom Malquisto, o Magnânimo, tão profundo como o mar é o teu comentário, velho! Obrigado.

    Aline Zouvi, pisamos em areia movediça.

    Jéssica do Vale, ancoraremos. Obrigado

    anaís, espero que encontre o seu porto. Valeu!

    jair machado rodrigues, Valeu, velho, pelas palavras. Abraço

    PauloSilva, "na areia de nossos pés"... bonito isso.

    Dolce Vita, Obrigado!

    Parole, essa é uma troca difícil mas justa. Valeu!

    LauraAlberto, é isso que nos confude. Outro beijo!

    Antônio LaCarne, valeu cara!

    Abraça o Tempo, que bom que você já superou essa fase de mudança.

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  14. brother,já to interessado em saber se vc não quer participar de um lance que faço lá no meu blog: Imagem & Poesia...te forneço uma imagem e vc escreve oque quiser sobre ela e depois postamos juntos!
    e no fim de ano,nos meus 47,faço uma exposição aqui em sampa..
    pensa ai...

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  15. A segurança que buscamos porque precisamos...

    Beijos e bom fim de semana!

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